junho 16, 2006

ARTE COMO MISSÃO DA VIDA



Foi aos 10 anos que Walter Zand optou por "desviar"o dinheiro que sua avô havia lhe entregue para comprar amendoim e em contrapartida adquirir algumas "bisnagas"de acrilico para poder iniciar a sua aventura artistíca, a pintura.

Olhando para esta obra, Djepokotzo, um dos quadros patentes na exposição "Visão do Silêncio" que encerra no dia 23 de Junho no Centro Cultural Franco Moçambicano, em Maputo, nota-se a viagem que Walter Zanda pretende transformar através da pintura.

"Djepokotzo" ou "Cambalhotas" é um tripitico em acrilico sobre tela, onde encontramos o momento triste e alegre que o artista procura transmitir, eis a razão da "Visão do Silêncio".

Nesta mostra, o artista reúniu apenas alguns quadros de desenho e pintura, deixando de lado a cerâmica ( outra área do seu dominio) , com intuito de mostrar a outra face da zona suburbana que normalmente é conotada com espaço de crimes e assassinatos.

Do seu bairro super povoado, o Xipamanine, apresenta a bela paisagem da madeira e zinco, os becos donde "um bom olfacto" facilmente detecta o cheiro queimado da castanha de caju, das badjias da "tia Tereza", das "magumbas fritas para o "xikento", o "Uputsu" que junta os amigos no senta baixo onde o som dos gira-discos vulgo "Gumba Gumba" complementam o ambiente da zona.

Apreciar a mostra "Visão do Silêncio" é conhecer o trajecto e o talento artístico de Walter Zand, que se espalha na música, pintura, cerâmica e a docência das artes para as crianças, fase que também passou por ela.

junho 12, 2006

AS “MÃOS” NOS DIAS DO MUNDIAL

O já esperado momento alegre do desporto “rei” chegou, os jornalistas que dominam a área são os “intocáveis”, as actualizações na Internet variam em cada página, uns mais rápidos e outros à maneira.

Neste meu, nosso lindo Moçambique, os canais com direito de transmissão fazem tudo para agradar os seus telespectadores, os canais de rádio, com destaque para o Canal da Rádio Moçambique “RM Desporto” não deixam de lado os seus ouvintes. Os que querem chegar mais longe são os de televisão que em parceria com algumas multinacionais preferiram tornar o Mundial um acontecimento público, razão pela qual pode se ver em alguns locais de nomes históricos com telas gigantes expostas para todos pudermos assistir.

Entre os gabinetes, até em algumas salas de espera dos hospitais, o mundial esta patente, alguns pacientes esquecem até que ali estão por uma causa, a doença, animados não ouvem quando são chamados para a respectiva consulta, para momentos depois reclamarem o mau atendimento, neste caso sem razão.

Este é o momento em a maior parte dos “Meios de Comunicação Social” optam por destacar assuntos ligados ao mundial, deixando de lado “aspectos da guerra, fome …….., contudo a guerra acontece por causa do mundial, isto é, a venda de aparelhos de televisão subiu, nas famílias os Homens (chamados amantes do desporto rei) não param em casa, se param, existe uma disputa…a disputa do “remoto controlo” instrumento este que torna-se luso nesta época do Mundial 2006, porque as Mãos estão atrás dele (o remoto), as mulheres querem ver novelas alugadas, os meninos tem saudades de Tom e Jerry, uma vez que, muita das vezes a hora da transmissão do mundial, foram ensinados que depois do banho vem os desenhos animados e “zás”para a cama. São quinze horas de Domingo, as Mãos do Marido procura o remoto, as da mulher tem o remoto, e as do filho tem apenas as pilhas para que este não funcione...

Apenas uma vontade das "Mãos" nos dias do Mundial